Conseguir tirar a música que desejamos apenas de ouvido, sem depender de cifras, é praticamente sonho de todos que aprendem a tocar violão, porém não é algo tão simples de fazer, por isso, separamos alguns macetes que vão te ajudar a tirar músicas de ouvido com maior facilidade. Confira!
Existem pessoas que tem uma facilidade tremenda para reproduzir um som que ouviu, já para outras isso pode ser um pouco mais complicado. Porém, aprender a tirar músicas de ouvido proporciona um ótimo treinamento não só em percepção musical, mas no contexto geral da música.
Mas a boa notícia é que qualquer um com um bom treinamento consegue aprender a tirar música de ouvido. Veja abaixo algumas dicas.
O QUE É TIRAR MÚSICA DE OUVIDO?
Basicamente, tirar músicas de ouvido se trata de escutar uma música e conseguir reproduzir os mesmos acordes que são tocados, assim como o ritmo da música, sabendo escolher o dedilhado ou batida que melhor se encaixará nela.
A explicação é simples, mas o processo requere estudo e familiarização com a música.
APRENDA COMO TIRAR MÚSICA DE OUVIDO
1º Dica: Escutar a Música que vai Tirar Várias Vezes
Não pense que porque você ouviu a música uma vez no rádio, no carro, na rua ou em qualquer outro lugar, vai conseguir tirá-la com facilidade. É muito importante se sentar, colocar um CD ou MP3 para tocar e escutar várias vezes a música até entender tudo dela. Se precisar, ouça mais de um dia. Isso vai fazer com que você grave TUDO que ela tem: introdução, estrofes, refrão, ritmo, estilo, etc.
Para quem não tem um ouvido ainda muito apurado, sugiro selecionar um trecho da música que você escolheu com menos instrumento possível ou os trechos em que você consiga perceber claramente o contrabaixo. É ele que vai dar as maiores dicas dos acordes da música.
O começo da música ou de algum outro trecho normalmente entrega o tom da música. Portanto, opte por escolher um pequeno trecho em que você está acostumado a escutar, pois irá facilitar sua vida para aprender a tirar músicas de ouvido.
2º Dica: A Eficiência do Grave
Quando falamos do grave, referimos ao som emitido através do contrabaixo ou da região grave do teclado. E uma forma de começar a desvendar e montar uma cifra perfeita, é ouvindo o som desta região.
O contrabaixo favorece ao músico compreender a base que está sendo tocada no meio de tantos outros instrumentos. Ele te ajudará a definir o acorde e entregará a você se o acorde está com o baixo invertido ou não. Por exemplo: C/E
Entenda, apesar do contrabaixo poder fazer acordes, em uma banda ele reproduz um som mais simples que um acorde e isso facilita para pegar as primeiras notas da música.
3º Dica: Treinar o Ouvido para Identificar Intervalos Musicais como Tríades e Escalas
Reconhecer as tríades e escalas não fará com que você tire as músicas de ouvido mais rápido, pois não basta só decorar, tem que treinar o ouvido para reconhecer cada um dos intervalos, tríades e escalas.
Uma das formas de treinar isso, é pedir ajuda a algum professor ou alguém mais experiente para tocar alguma nota no piano/teclado e, logo em seguida, você dizer qual é o intervalo. Isso fará com que obtenha excelentes resultados, além de ser um ótimo treino para seu ouvido.
4º Dica: Estudar sobre Harmonia
Para aprender como tirar músicas de ouvido é fundamental que você estude sobre harmonia, afinal de contas ela é importante para que você entenda sobre formação e progressão de acordes, cadência, entre outros. Isso te ajudará a não ficar limitado e facilitará na hora de tirar músicas de ouvido.
Por exemplo: Digamos que você tenha identificado que a música está no tom de G (sol maior), logo, a escala que será utilizada é de G. Sabendo isso e entendendo de harmonia, você saberá que nessa música os possíveis acordes são: G, A, B, C, D, E e F#, sem precisar revirar um dicionário inteiro de acordes para poder encontrar as notas que possam encaixar na música.
5º Dica: Identificar os Acordes
Pegue as primeiras notas que já tirou e entenda que elas farão parte da tríade dos acordes da música.
Normalmente, a nota está inserida dentro de uma das 3 notas que formam a tríade de um acorde. E, na grande maioria das vezes, a nota grave que você tirou dá o nome ao acorde (isso não é regra, mas acontece em quase todas as vezes).
Por exemplo, se você identificou que numa parte da música o baixo tocou o D, provavelmente este acorde é o D. E se não for o acorde de D, com certeza o baixo está numa inversão ou em outro acorde em que o D esteja inserido na tríade.
Entenda, que não devem ser tocadas todas as notas que o baixo estiver fazendo, mas sim, as notas fortes tocadas junto com o compasso, ou seja, as notas que o baixista toca junto com os acordes e que toda banda faz ao mesmo tempo.