MULHERES BRASILEIRAS E O VIOLÃO

Para celebrar esse dia tão especial, que para nós homens são tão queridas, amadas e desejadas, hoje vamos falar, em comemoração ao Dia da Mulher, sobre grandes mulheres que se destacaram no meio musical brasileiro, grandes violonistas que você não pode deixa de conferir. Vamos Lá?!

Vou lhes apresentar aqui algumas mulheres que se destacaram no meio violonista, cada uma com seu modo e personalidade, contribuíram e enriqueceram o panorama profissional e amador brasileiro.

 

Desde que se entende que violão é violão, guitarra é guitarra, a mulher está presente no meio de amantes e articuladores deste instrumento, que nos passa sinônimo de cultura brasileira. Mas, não se vê falando muito a respeito de nossas gloriosas interpretes do violão clássico, quando o assunto é violão popular, neste caso o descaso pode ser ainda maior.

Infelizmente, para as mulheres ter um grande destaque nesse meio, parece que ela tem que atingir um nível virtuosíssimo, muitas das vezes maior que a própria arte provocada. Não só mulheres, mas também grandes interpretes, artistas das cordas ficam de fora dessa “brincadeira”, no anonimato.

Dois agravantes para que as mulheres não apareçam tanto na cena violonista brasileiro: Primeiramente, o piano que era um instrumento visto pela maioria como instrumentos das mulheres, além de ser o instrumento mais representativo de nossa sociedade por muito tempo.  Já o segundo ponto, é aquela velha história de que o violão era o instrumento da boemia ou até mesmo vagabundagem.

Mas, ainda bem que com o passar dos anos isso foi esquecido e vimos muito por ai, homens dominando a arte do piano e o violão sendo altamente respeitado, não somente como instrumento de grande capacidade, mas também como autêntico veiculo para ascensão humana.

Apesar disso vamos mostrar a arte das verdadeiras virtuoses do instrumento, grandes mulheres com talentos desconhecidos por muitos violonistas e estudantes da nova geração.

 

MULHERES BRASILEIRAS E O VIOLÃO

MARIA LÍVIA SÃO MARCOS

 

maria livia

Com uma discografia de causar impacto nos apaixonados do violão, Maria Lívia tem uma lista extensa de discos gravados, contando com obras de grandes relevos do repertório erudito universal.

Filha do português, Manoel São Marcos, importante professor de violão, Maria nasceu em São Paulo e foi a primeira concertista brasileira.

Com técnicas suficientes para explorar boas idéias com interpretações claras e limpas, Maria Lívia tomava todo cuidado de uma concertista consolidada. Não sobrava nada de sonoridades alheias, esbarradas ou notas indesejadas.

 

 

 ÂNGELA MUNER

angela muner

Já aqui estamos falando de um prodígio de mulher, estreando sua carreira como interprete, gravando seu primeiro disco com apenas 10 anos de idade.

Comparando a grandes violonistas, sua sonoridade não deixava nada a desejar, com seu forte senso de estilo, com uma pegada forte aliada com seu equilíbrio tímbrico, quebrando paradigmas que violão é instrumento de homem.

Considerada uma referência no ensino de violão clássico no Brasil, Ângela é professora do conservatório de Tatuí.

Ângela interpretou Choro Nº 1 de H. Villas Lobos, com uma sonoridade robusta enchendo o público brasileiro de alegria, de modo limpo, como se estivesse tocando na varanda de sua casa.

 

 

MARIÂNGELA ASSAD SIMÃO

 

mariangela simao

Nascida em 1966, paulistana da cidade de São João da Boa Vista, cresceu no Rio de Janeiro. Estimulada pelo pai bandolinista Jorge Assada a estudar música, começando pelo piano seguido do violão, instrumento no qual ficou conhecida, já conquistando seu primeiro prêmio com 15 anos de idade, considerado ao lado de Fábio Zanon, a melhor violonista, no Concurso Jovem Instrumentistas no Rio de Janeiro.

Aos 19 anos recebeu título de melhor violonista brasileira no concurso internacional Villas – Lobos, apresentando ao lado de grandes músicos como Jorge Bensor, Bob McFerri e Hermeto Pascoal, ganhando prestigio internacional com sua versatilidade.

 

 

THEREZA MARTINS

 


Nascida em 1935, cariocas de Copa Cabana, Thereza da Conceição Gomes Martins ou Dona Thereza, como é respeitada e tratada no meio musical, entrou para o renomeado Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, do Instituto Cultural Cravo Albin, ICCA.

Thereza Martins é instrumentista e violonista, irmã de criação da pianista Marina Moura Peixoto, viúva do violonista, tocador de banjo, cavaquinho e bandolinista Justos Gomes Martins Neto (1925-1993) o famoso “Paulistinha”, um dos fundadores da formação inicial do conjunto “Demônios da Garoa”, também integrou no grupo “Anjos do Inferno”.

Embora fosse irmã da pianista Laureana, Thereza se dedicou ao violão, foi discípula de Dilermano Reis, João Pereira, Othon Saleiro, Garoto e Luiz Bonfá. Participou de diversos programas de calouros de diferentes emissoras, sendo presença constante em programas de radio nacional, recebendo inclusive nota máxima no programa de Ary Barroso. Fez também apresentações no Clube Municipal, na Radio Tupi e nas TVs Tupi e Rio.

Quando atuava no conjunto Blue Star, na década de 1950, tornou-se a primeira mulher a tocar guitarra no Brasil. Em 2015, os seus 79 anos continuava compondo e tocando violão e apresentando semanalmente com diferentes grupo de choro na praça São Salvador, e no restaurante Baixo Gago, ambos no bairro carioca de Laranjeiras. Thereza Martins foi uma das poucas mulheres a tocar Violão de 7 cordas no Brasil.

 

MARÍLIA MENDONÇA


Marília Dias Mendonça, mais conhecida como Marília Mendonça, nasceu em Cristianópolis, no estado de Goiás, em 1995.

O primeiro contato com a música foi cantando em igrejas, escrevia em uns caderninhos da escola, foi em uma aula de violão e aprendeu a tocar quatro acordes no violão. De lá pra cá, Marília se destaca no meio música, antes tão predominantemente masculino, emplacando vários sucessos. Para ela, que já foi comparada a Roberta Miranda e Fátima Leão, a mulher precisa se mostrar forte para alcançar o sucesso.

Esse foi apenas algumas de muitas mulheres que foram exemplo no ramo da música brasileira, que quebraram barreiras, mostrando a verdadeira personalidade da mulher brasileira, que não existe limite e que nada é difícil, basta dedicar e ter amor no que faz.

Esse artigo é dedicado ao Dia da Mulher (8/Março), Parabéns a Todas as Mulheres Brasileiras!!!

 

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