Partes do Violão

Quando estamos aprendendo a tocar violão, logo queremos partir para a parte prática e muitas vezes esquecemos da teoria. Pode até não parecer, em primeiro momento, mas a teoria pode ajudar muito na parte prática. Um desses casos é saber as partes do violão. Portanto, continue lendo e saiba todas as partes que o integram. Confira!

Pode parecer simples, mas muitos violonistas se deparam com algum nome e descobrem que aquela coisa que sempre esteve ali, tem um nome que compõe as partes do violão. Logo, conhecer o nome das partes do violão e suas funções, faz toda a diferença na experiência de tocá-lo.

 

 

A partir desse conhecimento você passa a:

– Entender o funcionamento do violão;

– Saber identificar se o seu violão está com defeito ou não;

– Ter um maior conhecimento para escolher o violão ideal, o primeiro ou um novo;

– Ter uma melhor experiência como músico.

partes do violãoCada parte do violão é importantíssima no conjunto do instrumento, então conhecer bem cada uma delas é um dos primeiros passos no aprendizado e nos cuidados que você deve ter com seu violão, pois cada parte do instrumento tem total influência no resultado final do som que você irá fazer.

Em geral, o violão é composto por 6 cordas presas de uma extremidade a outra, contadas sempre de baixo para cima. As três cordas mais finas, que dão os sons mais agudos, são chamadas de cordas primas, e as três mais grossas, com sons mais graves, são chamadas de bordões.

As cordas podem ser tanto de nylon como de aço e são afinadas normalmente pelo padrão Mi, SI, Sol, Ré, Lá, Mi. O violão pode ser tocado com os dedos ou fazendo uso de palhetas.

 

Partes do Violão

 

Um violão pode ser feito de diversos materiais, metal, vidro, madeira (o mais comum) e até vazados. Vamos pensar em um instrumento clássico de madeira e a partir disso detalhar o nome das partes do violão. São eles:

 

Mão: A mão do violão também é chamada de cabeça, headstock ou cabeçote. Geralmente responsável por fixar as tarraxas.

 

Tarraxas: São 6 tarraxas e cada uma agrupa uma corda. Elas podem ser feitas de plástico ou metal. Sua função é esticar ou afrouxar as cordas para chegar a afinação desejada.

É importante que as tarraxas estejam presas corretamente, pois um defeito nesta parte prejudica a afinação da corda.

 

Pestana “fixa”: Inicia o braço do violão e separa as cordas horizontalmente, ou seja, é a parte que une a mão ao braço do violão. É essa parte pequena que parece não fazer sentido, que garante uma boa entonação, afinação, precisar estar na altura correta para facilitar a digitação das notas, e regular para evitar sons indesejados.

É importante que a pestana esteja em bom estado e que tenha sido produzida com um bom material, pois um problema nessa parte pode influenciar na afinação e, consequentemente, no som produzido pelo violão.

Tenha sempre uma atenção especial a essa parte. Mas se ela apresentar algum defeito é possível substituí-la, entretanto não tente fazer isso em casa, o ideal é procurar um profissional especializado em violões, o Luthier.

 

Braço: Vai da mão até a boca do violão.  No braço ficam as casas e tarraxas responsáveis pela separação harmônica.

Dentro do braço do violão há um tensor, principalmente nos violões de cordas de aço, que nada mais é do que uma peça de metal ou madeira mais rígida que controla a envergadura do braço de acordo com a tensão da corda. Isso é necessário porque as cordas de aço tendem a ter uma tensão maior, e o tensor pode ser ajustado para evitar que o braço empene.

Na parte da frente do braço do violão fica a escala. O tamanho dessa escala influencia diretamente no som do violão. Quanto maior a escala, maior a tensão das cordas, logo o som do violão tende a ficar mais alto e agudo. Quanto menor a escala, menor será a tensão nas cordas, e o som tende a ficar um pouco mais grave.

 

Casas: Separa o braço e divisões harmônicas.

 

Trastes: Divide as casas.

 

Boca: Orifício no corpo para amplificação do som.

 

Mosaico: Desenho ao redor da boca.

 

Corpo ou caixa acústica: Ele é formado pelo fundo (parte de trás), pelo tampo (parte da frente) e pelas laterais do violão e é essa parte que amplifica e reproduz o som das notas do violão.

 

Cavalete: Encaixe e fixação das cordas e rastilho no corpo do instrumento. Sua função é receber as cordas e transferir a vibração através da boca.

 

Rastilho: Apoio das cordas no corpo do instrumento, além de regular as alturas e a afinação das cordas. Influencia na afinação, no timbre e até no volume do som do violão.

 

Rondana: Apoia a correia do instrumento.

Atualmente é raro encontrar violões nos moldes antigos, de fabricação puramente artesanal. Hoje os violões são fabricados em série por grandes empresas ou construídas por artesões especializados, conhecidos como luthier, que sempre acompanham as evoluções para suprir as práticas musicais dos violeiros.

 

Você Sabia?

 

Você sabe como o som do violão pode virar música em nossos ouvidos?

 

partes do violão

 

A física explica!

Com base nos ensinamentos de Charlene Peruchi, curadora do site Física dos Instrumentos Musicais, vamos entender os quatro fenômenos da física que acontecem dentro da caixa acústica do violão, permitindo que o som do instrumento vire música em nossos ouvidos.

 

1 – Reflexão : É o famoso “bateu – voltou”! Ocorre quando uma onda atinge um obstáculo e, num determinado intervalo de tempo, retorna ao meio de propagação, mantendo as características da onda inicial.

No caso do violão, a reflexão acontece quando as ondas sonoras dentro da caixa acústica incidem nas paredes da caixa.

 

2 – Sobreposição: Também chamado “interferência”, esse fenômeno ocorre quando suas ondas são sobrepostas, isto é, uma onda fica por cima da outra. Há dois tipos de sobreposição: construtiva, quando dois vales ou duas cristas se somam e originam um ponto com luz mais intensa; e destrutiva, um vale e uma crista se subtraem e dão origem a um ponto escuro.

No caso do violão, a sobreposição ocorre enquanto as ondas são propagadas e refletidas dentro da caixa. Quando há uma “interferência” construtiva, as ondas aumentam sua amplitude, e quando há uma superposição destrutiva, as ondas se anulam.

 

3 – Ressonância: Conforme explica o site Física dos Instrumentos Musicais, “acontece quando um sistema físico recebe energia por meio de excitações de frequência igual a uma de suas frequências naturais de vibração. Assim, o sistema físico passa a vibrar com amplitudes cada vez maiores”.

Quando o assunto é o violão, a ressonância aumenta as amplitudes sonoras e, literalmente, promove a amplificação do som. Como? Bem simples: as vibrações da madeira e as que vierem pelo ar entram em ressonância com o ar contido na caixa.

Detalhe: o formato em oito possibilita o aparecimento de inúmeros modos de vibração.

 

4 – Difração: Acontece quando uma onda contorna um obstáculo ou uma abertura. Exemplo prático: é quando você está no seu quarto e ouve o que sua mãe diz lá na sala.

Em se tratando de violão, as ondas circulam pela caixa e saem pela boca da caixa acústica do instrumento. As ondas circulam o formato em 8 do violão e a forma circular da boca.

Curiosidades a parte, como vimos, conhecer o nome das partes do violão é essencial, já que elas não são simplesmente decorativas. Cada uma delas tem total influencia no som produzido por ele.

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